O governador Cláudio Castro classificou o projeto Cidade Integrada, iniciado nesta quarta-feira (19), como “um grande processo de transformação das comunidades” do Rio de Janeiro.
– Damos início a um grande processo de transformação das comunidades do estado do Rio. Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança – postou Castro em uma rede social.
A reportagem é do G1.
Segundo ele, mais detalhes serão divulgados até o fim da semana.
– No sábado, vou detalhar os projetos que serão iniciados de maneira permanente em duas comunidades. E que servirão de modelo para outros importantes lugares que sofrem com a ausência de serviços e programas que realmente colaborem para melhorar a vida de quem mora nessas áreas – disse.
A ação, com 1.200 homens, começou pelo Jacarezinho, na Zona Norte da cidade — onde em maio de 2021 uma operação policial terminou com 28 mortos,a mais letal da história do estado.
Resumo do projeto Cidade Integrada: delegacias farão investigações para ajudar a desestruturar organizações criminosas; a Polícia Militar vai patrulhar ruas e avenidas das regiões; por fim, as áreas receberão intervenções urbanísticas e sociais.
– O governo do estado iniciou uma ocupação no Jacarezinho. Para isso, os batalhões da Zona Norte estão sendo empenhados, juntamente com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora e o Comando de Operações Especiais – disse ao G1 o porta-voz da PM, major Ivan Blaz.
– Algumas comunidades ao redor também vão ser ocupadas para o sucesso da operação. Manguinhos e Bandeira 2 são comunidades que estão sofrendo algum impacto. Polícia Militar e Polícia Civil vão atuar no terreno – confirmou.
A Polícia Civil também foi mobilizada e tentava cumprir 42 mandados de prisão; 13 de busca e apreensão de adolescentes; 1 mandado de busca e apreensão.
Na semana passada, a inaugurar centros de testagem para Covid, o governador Cláudio Castro (PL) já havida dito que o Cidade Integrada não seria “como em outras épocas”.
– Eu tenho certeza de que não é, como em outras épocas, entrar dando tiro nas pessoas. É uma entrada de serviço público, um repensar da segurança pública – declarou.
– Chegou a hora de repensar até essa questão da ocupação do estado mesmo. É um programa que vem discutir segurança pública de maneira mais ampla e não simplesmente fazer o que foi feito nas outras vezes, que era ocupar e tirar todo mundo e daqui a pouco volta – detalhou.
A intenção de reformar o projeto adotado pelas UPPs foi anunciada por Castro em maio. “O estado não estava presente, não tinha serviço lá dentro”, afirmou na ocasião.
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