Esquerda e bolsonaristas se unem nas críticas a Doria e aliados aplaudem decisão; PT diz que vai procurar ex-governador

Enquanto aliados aplaudem a decisão de João Doria (PSDB) de abandonar a corrida eleitoral, a esquerda, PCdoB e PSol, e o bolsonarismo convergiram nas críticas contra o ex-governador de São Paulo. O anúncio do tucano foi feito nesta segunda-feira (24), quando ele anunciou que não seria mais candidato à presidência. O PT, no entanto, se…

Enquanto aliados aplaudem a decisão de João Doria (PSDB) de abandonar a corrida eleitoral, a esquerda, PCdoB e PSol, e o bolsonarismo convergiram nas críticas contra o ex-governador de São Paulo. O anúncio do tucano foi feito nesta segunda-feira (24), quando ele anunciou que não seria mais candidato à presidência.

O PT, no entanto, se manifestou através de seu secretário de Comunicação, Jilmar Tatto, e anunciou que vai procurar Doria e o PSDB para tentar aumentar a frente anti-Bolsonaro.

Entre os aliados, Roberto Freire, presidente do Cidadania, foi um dos primeiros a elogiar a atitude de Doria. O partido está na coligação com PSDB e MDB para os próximos quatro anos. Nas redes sociais, Freire seguiu o caminho de Bruno Araújo e fortaleceu o nome de Simonte Tebet com candidata da coligação. 

“Um gesto de grandeza de João Doria que só aumenta o respeito que por ele temos e só fortalece a unidade da chamada Terceira Via, em torno da candidata Simone Tebet”, escreveu Roberto Freire, ao compartilhar nas redes sociais a notícia de que Doria havia aberto mão da candidatura.

Outros políticos que defenderam Doria foram Rodrigo Maia (PSDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).

“João Doria é um grande brasileiro. Não bastasse o excepcional governo em São Paulo, devemos a ele – graças a sua obstinação e capacidade de trabalho – milhares de vidas salvas pela sua incessante luta pela vacina da Covid. Tem meu respeito”, declarou Eduardo Paes.

Maia também elogiou a gestão de Doria em São Paulo e reforçou a importância do tucano durante a pandemia de covid-19.

“O João Doria foi um grande governador de SP, um governo que ainda será reconhecido por todos os brasileiros. Além disso, liderou o Brasil nesse processo da pandemia, trazendo a vacina. Hoje faz um gesto generoso na tentativa de construção de um candidato no nosso campo político”, publicou Maia em seu Twitter.

Quem também comentou a desistência de Doria foi Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo, que herdou o cargo. Agora tucano, ele não esteve no pronunciamento de João Doria, mas usou as redes sociais para elogiar a atitude do antecessor.

“João Doria demonstra serenidade e desprendimento com a decisão. Ele fez algo similar pelos brasileiros quando lutou de forma ativa para garantir a vacina que salvou milhões de vidas. Seu gesto vai ajudar o país a encontrar o caminho da paz, diálogo e superação.”

Esquerda e bolsonaristas criticam Doria

Tanto políticos de esquerda quanto os bolsonaristas usaram as redes sociais para criticar Doria e, em alguns casos, para ironizá-lo. Foi o caso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL).

“Ao desistir da pré-candidatura, Doria mostra que a conta do autoritarismo é a impopularidade. Só lamento dele não ter desistido, na época, de mandar soldar e fechar portas de comércios e de prender pessoas que estavam na rua buscando seu sustento e de suas famílias”, escreveu. Eduardo Bolsonaro, o filho 03, também comemorou a desistência do “calça apertada”, como os bolsonaristas tratam o ex-governador.

Carlos Jordy, deputado federal bolsonarista, ironizou a desistência e a ideia de “terceira via” na eleição presidencial. Gil Diniz, deputado estadual por São Paulo, também fez “piada” com o anúncio de Doria.

Já a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) relembrou polêmicas das gestões do tucano tanto na prefeitura quanto no goveno do estado – além do BolsoDoria, quando o tucano apoiou o então candidato Jair Bolsonaro, incentivando um voto casado entre os dois.

“Doria das traições, da farinata, do BolsoDoria, do Sampaprev, da cidade cinza, das privatizações, da repressão. Vai tarde! Não esqueceremos seu legado nefasto de destruição. Que não se eleja mais nem para síndico de prédio!”

Orlando Silva (PCdoB-SP), deputado estadual, afirmou que a desistência de Doria foi uma sinalização de que a eleição presidencial de 2022 não será como outras que passaram.

“A desistência de João Dória mostra que não estamos diante de uma eleição trivial. Será a primeira vez que o PSDB não apresenta candidato desde 1989. Aumentam os contornos da polarização civilização x barbárie. É isso que está em jogo. Como um rio, não há terceira margem.”

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