Estudo aponta 530 grupos de extrema direita no Brasil, alguns terroristas, e 36 deles atuando no Rio

Quando figuras como Bruno Aiub, o Monark, defendem aberta e publicamente o nazismo — no caso específico do YouTuber, a criação de um partido nazista no Brasil —, elas falam para um público que vem se expandindo de forma expressiva nos últimos anos.  Segundo reportagem do Globo, dados da ONG Anti-Defamation League (ADL) mostram que…

Quando figuras como Bruno Aiub, o Monark, defendem aberta e publicamente o nazismo — no caso específico do YouTuber, a criação de um partido nazista no Brasil —, elas falam para um público que vem se expandindo de forma expressiva nos últimos anos. 

Segundo reportagem do Globo, dados da ONG Anti-Defamation League (ADL) mostram que hoje o Brasil é o país no mundo onde mais cresce o número de grupos de extrema direita, concentrados, de acordo com monitoramento do Observatório da Extrema Direita (formado por acadêmicos de mais de dez universidades brasileiras e de outros países) e de pesquisa da professora Adriana Dias, da Universidade de Campinas (Unicamp), nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os últimos dados em mãos dos pesquisadores consultados, passados com exclusividade para O GLOBO, confirmam que São Paulo é o estado com maior presença de grupos, chegando a um total de 137, dos quais 51 estão na capital. Também foram encontradas células de extrema direita em Piracicaba, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos.

Em todo o país, já são mais de 530 células extremistas que, em relatório feito nos primeiros meses deste ano, Adriana dividiu em categorias, de acordo com suas ideologias, como Hitlerista/Nazista, Negação do Holocausto, Ultranacionalista Branco, Radical Catolicismo, Fascismo, Supremacista, Criatividade Brasil, Masculinismo Supremacia Misógina e Neo-Paganismo racista. Em 2019, a especialista detectou 334 células.

No Rio de Janeiro, foram encontrados 36 grupos, 15 deles na capital. Entre os bairros cariocas com maior presença de células de extrema-direita estão Méier, Tijuca e Copacabana. Em Niterói, os pesquisadores identificaram outros dois agrupamentos. Um deles se apresenta como Cali, e foi responsável pelo ataque à produtora do grupo de humor Porta dos Fundos, em 2019.

— Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita — afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel

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