Flagrado por jornalista numa loja de discos em Roma, Papa Francisco diz sentir falta de andar pelas ruas

O Papa Francisco visitou sigilosamente velhos amigos que dirigem uma loja de discos em Roma esta semana, mas foi flagrado por um repórter que estava nas proximidades. Francisco levou com bom humor a descoberta da “fugida” e, brincando, disse que foi “azar” dele que o episódio tenha sido divulgado e parabenizou o repórter. A visita na…

O Papa Francisco visitou sigilosamente velhos amigos que dirigem uma loja de discos em Roma esta semana, mas foi flagrado por um repórter que estava nas proximidades. Francisco levou com bom humor a descoberta da “fugida” e, brincando, disse que foi “azar” dele que o episódio tenha sido divulgado e parabenizou o repórter.

A visita na terça-feira à noite deveria ter permanecido em segredo, mas Javier Martínez-Brocal, jornalista da agência de notícias televisivas Rome Reports, estava na região, no Centro de Roma, por acaso. Ele filmou o momento com seu celular, postou as imagens no Twitter e elas viralizaram.

Em uma carta enviada a Martínez-Brocal, Francisco o parabenizou pelo trabalho e lamentou seu próprio azar. “Você não pode negar que foi um caso de azar, que, depois de tomar todas as precauções, havia um repórter lá no ponto de táxi”, disse Francisco na carta que Martínez-Brocal compartilhou com colegas nesta sexta-feira.

“Não se deve perder o senso de humor”, continuou o Pontífice. “Obrigado por fazer seu trabalho, mesmo que isso tenha colocado o Papa em dificuldades.”

Francisco, que evita carros à prova de balas e escoltas policiais ostensivas, chegou à loja de discos StereoSound, perto do antigo Panteão, em um Fiat 500 branco conduzido por um funcionário do Vaticano. Ele permaneceu dentro da loja por cerca de 15 minutos.

“O que mais sinto falta é de poder andar pelas ruas, como fazia em Buenos Aires, andando de uma paróquia para outra”, escreveu Francisco na carta ao repórter.

Os proprietários da loja disseram mais tarde que se tornaram amigos do Papa muitos anos atrás, quando ele era o cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires. O então cardeal visitava a loja deles para comprar LPs de música clássica e CDs quando estava em Roma e ficava em uma residência próxima para clérigos visitantes.

—  Foi uma visita rápida, imensa, grande, humana, maravilhosa. Não tenho outras palavras, de verdade — disse na quinta-feira à agência AFP Tiziana Esposito, filha da proprietária.

— Era seu desejo vir nos visitar. Foi um privilégio que ele nos escolhesse. Algo maravilhoso, que não costuma acontecer.

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