LULA – “Quero dizer a você, presidente genocida. A gente não quer um governo que distribua armas, a gente quer um governo que distribua livros. A gente não quer um governo que alimente o ódio, mas o amor. Você não derramou uma lágrima para as 680 mil pessoas que morreram de Covid-19. Você foi negacionista, não acreditou na Ciência, na Medicina, nos governadores, mas acreditou na sua mentira”, disse o candidato do PT à presidência.
Lula também falou mirando os evangélicos: “Ele é um fariseu e está tentando manipular a boa-fé de homens e mulheres evangélicos que vão à Igreja tratar da sua fé, da sua espiritualidade. Eles ficam tentando contar mentira o tempo inteiro. Mentiras sobre o Lula, sobre a mulher do Lula, sobre vocês, sobre índios e quilombolas”.
“Não haverá mentira e nem fake news que manterá você governando esse país, Bolsonaro”, acrescentou Lula. Se tem alguém que é possuído pelo demônio é esse Bolsonaro”, completou.
BOLSONARO: “Agradeço a Deus pela minha segunda vida e entendo a missão de ser o chefe do Executivo desta Nação. Fácil não é. Se fosse, não teria dado para um de nós. O Brasil estava à beira do colapso, com problemas éticos, morais e econômicos e marchava, sim, a passos largos para o socialismo”. “Vocês sentiram um pouquinho de ditadura aqui durante a pandemia. Igrejas, por exemplo, sendo fechadas, pessoas sendo proibidas de trabalhar, alguns mandando prender até quem estava na praia”, disse Bolsonaro.
Início de campanha
LULA – “Resolvi fazer o lançamento da candidatura na porta de fábrica no ABC porque foi aqui que tudo aconteceu na minha vida. Foi aqui que eu aprendi a ser gente e que eu tomei consciência política. Tudo que eu vivi na vida, que aprendi na política, nas vitórias e nas derrotas, eu devo aos metalúrgicos do ABC. Foi na porta da Volkswagen, da Ford, que a gente conseguiu fazer com que a classe trabalhadora brasileira se politizasse e fizesse as greves pela democracia”, acrescentou.
O ex-presidente também prometeu “reajustar a tabela do Imposto de Renda”. “Vocês não vão ver mais criança pedindo esmola. Esse País tem que ter vergonha na cara. Vamos fazer a maior transformação… volta do emprego, do salário”.
BOLSONARO – “Estamos dando a largada [da campanha] onde tentaram nos parar em 2018″, afirmou o presidente, em referência à facada. O presidente também disse que o País, até há pouco tempo, era “roubado” pela “esquerdalha”, referindo-se aos governos do PT.
Ao falar sobre a eleição, Bolsonaro disse que há uma “batalha enorme” pela frente. “Nós sabemos da luta do bem contra o mal. Nós aqui sempre pregamos e defendemos a liberdade absoluta. Se uma pessoa se sentir ofendida, que vá à Justiça, mas não podemos criar leis, como a de fake news”, afirmou o presidente, em referência a um projeto no Congresso que prevê punições para a divulgação de informações falsas. Em outros eventos este ano, o presidente já havia chamada a eleição de luta “luta do bem contra o mal”.
Bolsonaro voltou ainda a convocar os apoiadores a irem às ruas “pela última vez” no dia 7 de setembro em ato na esquina em que sofreu uma facada em 2018. “Vivemos sem liberdade. No próximo dia 7 de setembro, vamos todos para a rua pela última vez. Num primeiro momento, por nossa independência e, em segundo, pela nossa liberdade. Juro dar a vida pelo nosso povo”, disse.
A primeira-dama Michelle discursou em tom eleitoral e fez uma oração, ao lado do presidente. “Essa campanha, mais uma vez, é um milagre de Deus. Começou em 2019 [2018, ano da facada], quando Deus fez o milagre na vida do meu marido, porque aqueles que pregam o amor e a pacificação atentaram contra a vida dele. Mas Deus é maior e a justiça do Senhor será feita”, declarou a primeira-dama. “Que Deus dê sabedoria e discernimento ao nosso povo brasileiro, para que não entregue o nosso País, a nossa nação tão amada por Deus na mão dos nossos inimigos”, emendou.
* Informações sobre Lula do Brasil 247; sobre Bolsonaro, do jornal Estado de São Paulo
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