Programa de primeira no sábado: Projeto Aquarius comemora 50 anos com grande festa na Praça Mauá

O Globo – Calcula-se que, ao longo de cinco décadas, os tradicionais encontros entre o repertório erudito, o popular e as grandes plateias já tenham encantado mais de nove milhões de pessoas. Esse público vai crescer amanhã, com os espectadores aguardados na apresentação de 50 anos do Projeto Aquarius, que acontece neste sábado, a partir…

O Globo – Calcula-se que, ao longo de cinco décadas, os tradicionais encontros entre o repertório erudito, o popular e as grandes plateias já tenham encantado mais de nove milhões de pessoas. Esse público vai crescer amanhã, com os espectadores aguardados na apresentação de 50 anos do Projeto Aquarius, que acontece neste sábado, a partir das 17 horas, na Praça Mauá, no centro do Rio. No programa, um passeio pela história do projeto, iniciado em 1972, responsável por uma série de concertos inesquecíveis, sempre gratuitos e ao ar livre.

O concerto do cinquentenário levará ao palco montado à beira da Baía de Guanabara a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá, além de convidados especiais: o cantor e compositor Lenine, o acordeonista João Pedro Teixeira e o grupo de dança do passinho Oz Crias.

O Aquarius é uma realização do GLOBO, com apresentação das empresas Vale e Vibra; patrocínio do governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura; apoio do Sesc-RJ; e parceria da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Ana Paula Araújo, jornalista da TV Globo, vai apresentar o espetáculo no palco montado entre o Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu do Amanhã. O acesso ao local poderá ser feito por VLT (com descida na estação Parada dos Museus), ônibus ou metrô. A melhor opção, no terceiro caso, é desembarcar na estação Uruguaiana, atravessar a Avenida Presidente Vargas e seguir pela Rua Acre em direção à Praça Mauá.

Na abertura do programa, a OSB tocará a “Marcha triunfal”, da ópera “Aída”, de Verdi — ponto alto da edição do Aquarius de 1986, na Quinta da Boa Vista, diante de cerca de 200 mil pessoas. Marca registrada do projeto, a música sem fronteiras orienta o repertório, que inclui ainda obras de Villa-Lobos (“O trenzinho do caipira”), Sivuca (“Concerto sinfônico para Asa Branca”, com participação do acordeonista João Pedro), Carlos Gomes (temas de “O Guarani”), Ravel (“Bolero”) e Tchaikovsky (“Abertura sinfônica 1812”).

O cantor e compositor pernambucano Lenine, que já dividiu palco com outras orquestras do Brasil e do exterior apresentará, com arranjo sinfônico, temas próprios, como “Jack soul brasileiro”, “Silêncio das estrelas”, “Leão do Norte” e “Simples assim”. Outra atração do sábado, o grupo de passinho Oz Crias é formado por Diogo Breguete, Yuri Mister Passista, Pablinho Fantástico e WB Negão. Os jovens, que saíram da Rocinha, do Lins e de Vila Isabel, dançarão ao som de uma improvisação feita pelo naipe de percussão da OSB. Pelo menos um dos integrantes, Pablinho Fantástico, já se apresentou ao lado da OSB em outra edição do Aquarius, com seu antigo grupo, o Dream Team do Passinho, em 2015, na Cinelândia.

Idealizado pelo jornalista Roberto Marinho (1904-2003), por Péricles de Barros (1935-2005), então gerente de Promoções do GLOBO, e pelo maestro Isaac Karabtchevsky, o projeto dedicado à formação de público e à inclusão cultural revolucionou a forma de consumo da música clássica no Brasil, rompendo o estigma de que esse tipo de repertório não encontraria acolhida fora de palcos como os do Theatro Municipal e da Sala Cecília Meireles.

Na apresentação inaugural, em 30 de abril de 1972, Isaac Karabtchevsky regeu a OSB diante de cem mil pessoas no Aterro do Flamengo, em programa recheado de obras de Carlos Gomes, Tchaikovsky, Villa-Lobos e Lorenzo Fernândez. A partir daí, a iniciativa virou sinônimo de música de qualidade e grandes audiências. Já ocupou espaços como a Quinta da Boa Vista, a Praia de Copacabana e o Maracanãzinho.

Tendo com uma de suas características inovadoras a fusão entre gêneros, o projeto recebeu em 1975, no Maracanãzinho, Rick Wakeman, tecladista da banda inglesa de rock progressivo Yes. Em setembro de 1984, meses antes da primeira edição do Rock in Rio, foi a vez de reunir os roqueiros do Barão Vermelho e da Blitz num concerto para 50 mil pessoas na Praça da Apoteose, inaugurada em março daquele ano.

Em 1993, o repertório com sucessos dos Beatles foi regido por ninguém menos do que George Martin, produtor e arranjador do quarteto de Liverpool, na Quinta da Boa Vista. E em 2015, na 43ª edição do Aquarius, que celebrou os 90 anos do GLOBO, o público presente na Cinelândia vibrou com as participações da bateria da Mangueira e do Dream Team do Passinho.

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