Morte prematura do advogado Renato de Moraes consterna classe jurídica carioca

A morte prematura do advogado Renato de Moraes, filho do criminalista Antonio Evaristo de Moraes Filho, consternou a classe jurídica carioca. De acordo com amigos, Renato, 46 anos, enfrentava sérios problemas pessoais, com aguda crise de depressão. Ex-diretor do Instituto dos Advogados do Brasil, Renato era filho do criminalista Antonio Evaristo de Moraes Filho, que…

A morte prematura do advogado Renato de Moraes, filho do criminalista Antonio Evaristo de Moraes Filho, consternou a classe jurídica carioca. De acordo com amigos, Renato, 46 anos, enfrentava sérios problemas pessoais, com aguda crise de depressão.

Ex-diretor do Instituto dos Advogados do Brasil, Renato era filho do criminalista Antonio Evaristo de Moraes Filho, que defendeu presos políticos na ditadura militar e o ex-presidente Fernando Collor na ação penal no Supremo Tribunal Federal, derivada da CPI do “caso PC Farias”, que resultou no processo de impeachment.

Também criminalista, Renato de Moraes formou-se em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e era sócio do Escritório Evaristo de Moraes ao lado de seu irmão Eduardo de Moraes.

O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, manifestou desconsolo pela morte do colega: “Com dor e profunda tristeza recebemos a notícia do falecimento desse amigo querido, incrivelmente gentil, que era também um advogado brilhante e um brasileiro indignado, defensor do direito de defesa e da democracia”.

A seccional do Rio de Janeiro da OAB decretou luto de três dias pela morte do criminalista. “É uma perda inestimável para advocacia brasileira e fluminense. Renato era um jovem e brilhante advogado, sua partida deixa em todos nós uma imensa dor no peito”, afirmou o presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira.

Para o criminalista José Luis Oliveira Lima, “Renato Moraes não era só um talentosíssimo advogado criminal, era também um ser humano diferente. Generoso, gentil, carinhoso, amigo para todos os momentos. Hoje é um dia triste, um dia de luto para a advocacia nacional. Meus sentimentos a toda sua família”.

“Terrível a partida precoce de Renato de Moraes”, afirmou o também criminalista Rogério Taffarello. “Advogado admirado por todos, era dono de um talento e refinamento inatos, que honravam o legado extraordinário de sua família de exímios criminalistas. Fará muita falta à advocacia brasileira e a seus muitos amigos”.

O Instituto dos Advogados do Brasil (IAB) e a Sociedade dos Advogados Criminais do Estado do Rio de Janeiro (Sacerj) divulgaram notas oficiais em que manifestaram seu pesar pela morte do advogado.

“A comunidade jurídica perde um grande defensor da liberdade e um notável criminalista, que tinha a genialidade do clã no DNA e a coragem dos saudosos George Tavares, Heleno Fragoso e Augusto Sussekind, que se notabilizaram na defesa de presos políticos”, disse a presidente nacional do IAB, Rita Cortez. “Era um profissional completo: orador dotado de formidável eloquência e carisma; escrevia magistral e didaticamente, o fazendo com igual competência tanto em intervenções processuais como em trabalhos científicos, sempre revelando refinada cultura jurídico-penal”, diz trecho da nota da Sacerj.

“Perdi um irmão mais novo, Renato de Moraes. Se Evaristo de Moraes já nos deixou tão cedo, imagina o Renatinho, que ainda tinha muito a fazer por aqui, no meio da gente e com a gente”, lamentou o criminalista Luís Guilherme Vieira. “Poucas vezes vi um advogado com tamanha sensibilidade pela dor do seu semelhante. A sensibilidade era de tal monta que seus clientes se tornavam seus amigos fraternais, amigos mesmo, da alegria à dor. Juntos.”

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