Acusado de ataque à sede do Porto dos Fundos, Eduardo Fauzi é extraditado da Rússia para o Brasil

O economista e empresário Eduardo Fauzi, acusado de integrar o grupo que jogou coquetéis molotov na fachada da produtora Porta dos Fundos, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, foi extraditado da Rússia – em guerra com a Ucrânia – para o Brasil nesta quinta-feira (3). Fauzi deixou Moscou conduzido por policiais brasileiros da Interpol.…

O economista e empresário Eduardo Fauzi, acusado de integrar o grupo que jogou coquetéis molotov na fachada da produtora Porta dos Fundos, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, foi extraditado da Rússia – em guerra com a Ucrânia – para o Brasil nesta quinta-feira (3).

Fauzi deixou Moscou conduzido por policiais brasileiros da Interpol. Ele virá para o Rio onde ficará preso no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte carioca. A informação foi confirmada pelo g1.

De acordo com o site “Argumenty i Fakty”, a assessoria de imprensa do Ministério do Interior da Rússia informou que a extradição ocorreu no Aeroporto Internacional de Vnukovo.Eduardo Fauzi foi preso pela Interpol em Moscou em setembro de 2020. Em janeiro de 2022, a Procuradoria-Geral da Rússia autorizou a extradição dele.

O ataque contra a produtora aconteceu em dezembro de 2019, na véspera do Natal. Os investigadores afirmam que cinco pessoas participaram do crime e que Fauzi foi o único que fugiu com o rosto descoberto.

A defesa de Fauzi confirmou a extradição e disse que ele será conduzido ao sistema de detenção provisória do Rio de Janeiro.

“A defesa aguarda deliberação do MPRJ sobre eventual denúncia a ser formulada, assim como a reavaliação da prisão preventiva do Eduardo pela justiça estadual. A defesa entende que a prisão cautelar – com a conclusão do processo de extradição – perde todos os fundamentos, reafirma o desejo do Eduardo em colaborar com a Justiça, com a entrega de documentos como do passaporte pessoal. Por fim, em breve, após contato com Eduardo em solo brasileiro, a defesa emitirá nota atualizada sobre seu retorno ao país”, acrescentaram os advogados.

Segundo a investigação da Polícia Civil do Rio, cinco criminosos participaram do ataque à Porta dos Fundos, em 24 de dezembro de 2019, poucos dias depois de o grupo exibir um programa especial de Natal, no Netflix, que insinuava que Jesus Cristo teve uma experiência homossexual depois de 40 dias no deserto.

Foram arremessados coquetéis molotov na fachada da produtora. O grupo fugiu do local. Fauzi foi flagrado por câmeras de segurança depois de descer do veículo usado na fuga, momentos depois do ataque. Para identificar o suspeito, os policiais analisaram gravações de mais de 50 câmeras de segurança.

A avaliação de integrantes do grupo é a de que, caso não houvesse um segurança no local, todo o prédio poderia ter pegado fogo. Ninguém ficou ferido.

Fauzi chegou a ser réu na Justiça Federal pelo crime de terrorismo, mas uma nova decisão, do desembargador Marcello Ferreira de Souza Granado, mudou a tipificação. O caso saiu, então, da competência da Justiça Federal e os autos retornaram para a Justiça do Rio de Janeiro.

Eduardo Fauzi Richard Cerquise tem 41 anos e é formado em economia pela UFRJ. Cinco dias após o ataque contra a produtora Portas dos Fundos, ele foi identificado pela polícia e teve a prisão decretada. Contudo, nesse momento, ele já tinha deixado o país. A fuga foi premeditada, como ele afirmou em uma entrevista ao site do projeto Colabora.

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