Viva Bené, 80 anos dedicados ao povo pobre e favelado do Rio (vídeo)

 O meio político do Rio tem motivos de sobra para comemorar. Não é qualquer cidade que tem entre os representantes de seus moradores no parlamento uma figura pública como Bendita Souza da Silva Sampaio, a Bené, que nesta terça-feira completou 80 anos.  Camelô, empregada doméstica, líder comunitária, vereadora, senadora, governadora e deputada federal, Benedita tem…

 O meio político do Rio tem motivos de sobra para comemorar. Não é qualquer cidade que tem entre os representantes de seus moradores no parlamento uma figura pública como Bendita Souza da Silva Sampaio, a Bené, que nesta terça-feira completou 80 anos.

 Camelô, empregada doméstica, líder comunitária, vereadora, senadora, governadora e deputada federal, Benedita tem uma trajetória reta e ascendente: dos extratos mais baixos  da periferia à cúpula dirigente do estado, Bené é superação em essência. Poucos conseguiram dar tantas provas de obstinação e luta ao longo da vida.

Afinal, Benedita e luta são quase pleonasmos. Ela é exemplo de resistência diante das adversidades. As dificuldades nunca lhe abateram; ao contrário, emprestaram-lhe energia para continuar a caminhada. E, invariavelmente, vencê-las. Sua vida é uma coleção de vitórias. Mas vitórias resultantes da luta, do suor, do desejo indômito de vencer, contra tudo e todos, especialmente contra a lógica excludente e discriminatória da sociedade brasileira.

Nascida em 26 de abril de 1942, Bené foi a primeira mulher negra a ter assento no Congresso Nacional. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores em 1980, ano em que cursou Serviço Social e Estudos Sociais. Em 1982, foi eleita vereadora na cidade do Rio de Janeiro, com o mote “Mulher, Negra e Favelada”, e, ao término do mandato, candidatou-se a deputada federal constituinte em 1986, saindo vitoriosa das eleições. Entrou no Diretório Nacional do PT em 1987, permanecendo na direção até 1999. Em 1990, foi escolhida como Secretária de Movimentos Populares do partido. No ano seguinte, em 1991, tornou-se vice-líder do PT na Câmara dos Deputados. Foi reeleita deputada em 1991, e, em 1994, foi eleita Senadora pelo Rio de Janeiro.

Em 1998, foi escolhida para candidata a vice de Anthony Garotinho.  Vencida as eleições, tornou-se governadora do estado após a saída de Garotinho, em 2002. Em 2003, foi escolhida para ser ministra da Secretaria Especial de Trabalho e Assistência Social, onde permaneceu até 2007. Neste ano, foi escolhida como Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, permanecendo até 2010. Um ano depois, em 2011, foi eleita novamente para deputada federal pelo Rio de Janeiro, cargo para o qual se reelegeu em 2015, e novamente em 2019.

Em homenagem a Bené, reproduzimos aqui a sua última entrevista concedida ao jornalista Ricardo Bruno, no programa Jogo do Poder:

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