Artigo – Paulo Baía
Jorge Felippe é um vereador de longa data. O conheci na campanha eleitoral de 1976 como ativo militante do MDB de Bangu, Realengo, Sulacap, Marechal Hermes e adjacências.
Jorge Felippe foi bem votado e ficou como primeiro suplente. Assume seu primeiro mandato como vereador como resultado das eleições de 1978, que levaram cinco vereadores do MDB para a Alerj e para a Câmara dos Deputados.
As eleições para vereadores de 1980 foram adiadas e os mandatos prorrogados até 1982.
Em setembro de 1982 Jorge Felippe ofereceu um maravilhoso jantar árabe em sua casa em Realengo/Bangu em homenagem a Artur da Távola, pré-candidato ao senado e recém anistiado da cassação de seu mandato de deputado estadual pelo estado da Guanabara em 1964.
Foi a mãe de Jorge Felippe a responsável pelas maravilhas da comida libanesa.
Jorge Felippe é o vereador mais antigo da cidade do Rio de Janeiro com um novo mandato que se iniciou hoje, 01/01/2021.
Entrou na vereança em 1978 e de lá não saiu até o momento, sempre conduzido pelo soberano voto popular.
Acompanhou como parlamentar local todos os prefeitos da cidade desde Israel Klabin.
As rodas do destino e os jogos políticos e judiciais fizeram de Jorge Felippe prefeito do Rio de Janeiro por dez dias nesse final conturbado de 2020.
Jorge Felippe foi sóbrio e sereno.
Foi firme.
Foi um gestor com coragem cívica, em um final de ano trágico da história carioca, na política da cidade e com a emergência sanitária da Covid-19.
Como se diz em Bangu, terra de Jorge Felippe, ele não “marcou bobeira”.
Fez um decreto modelo de cidadania emergencial, fechou toda a Orla da Cidade.
Fez o Réveillon mais fantástico e correto em tempos de pandemia em ritmo acelerado.
Com autoridade democrática retirou só de Copacabana mais de dois milhões de pessoas.
Jorge Felippe foi o homem do final de 2020 em terras cariocas.
* Paulo Baía é sociólogo e cientista político.
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